
Quando o colesterol está elevado?
Quando seu valor estiver acima dos valores considerados normais para a população.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o colesterol total é considerado alto se estiver em 160 mg/dl ou mais. Mas há outros valores de referência, que podem ser adotados.
O que é colesterol?
O colesterol é um tipo de gordura, produzida pelo fígado ou ingerida a partir de alguns alimentos, que é essencial para a produção de hormônios e para o adequado funcionamento de nosso metabolismo.
Sem colesterol não há vida.
Tipos de colesterol
O termo colesterol é um pouco genérico. Se refere à totalidade do colesterol, o chamado colesterol total. Este colesterol total é composto por um somatório de partes, chamadas de frações.
Colesterol LDL
Uma destas frações é o colesterol ruim, que entope as artérias, chamada de LDL.
Quanto menor o seu nível no sangue, melhor.
Colesterol HDL
Outra fração é o colesterol bom, chamada de HDL. Colesterol bom porque limpa as artérias, ou seja, evita a formação de obstruções.
Quanto maior o nível de HDL no sangue, melhor, dentro de certos limites.
Se estiverem altos os níveis sanguíneos de ambas as frações de colesterol, LDL e HDL, ocorre um certo equilíbrio, uma forma de “compensação” ?
O desejável seria a pessoa ter níveis baixos de colesterol LDL e níveis altos de colesterol HDL.
A atividade física regular aumenta o nível da fração HDL, dentre outros benefícios.
A redução dos níveis de LDL passa por cuidados com a alimentação e, eventualmente, pelo uso de medicações.
O ajuste dos níveis de colesterol é importante para a manutenção da saúde.
Diz-se que a pessoa tem a idade de suas artérias.
Qual o problema de ter colesterol elevado?
O colesterol elevado é uma verdadeira endemia em nossa população.
No Brasil, se estima que quatro em cada dez adultos tenham colesterol alto. E que duas em cada dez crianças e adolescentes tenham colesterol elevado.
O excesso de colesterol pode fazer mal à saúde. Por isto, é importante ter o conhecimento do nível de colesterol no sangue.
Se o nível de colesterol no sangue estiver muito alto, este excesso de colesterol pode ser depositado nos vasos sanguíneos.
E este depósito pode ocasionar entupimentos parciais ou totais nas artérias e nas veias, que geram consequências.
Por exemplo, se o vaso sanguíneo obstruído for responsável pela nutrição do coração, pode surgir angina, ou infarto. Se o vaso abastecer o cérebro, pode haver tonturas, ou AVC.
Como baixar a quantidade de colesterol no sangue?
A normalização do nível do colesterol no sangue previne os entupimentos dos vasos sanguíneos.
Dieta
Uma dieta saudável ajuda bastante neste equilíbrio.
A redução do consumo de frituras, de embutidos, de carnes gordas, de vísceras, e o aumento do consumo de fibras, presentes em frutas e verduras, contribuem significativamente.
Medicação
E se a dieta, isoladamente, não normalizar o colesterol no sangue?
Neste caso existem as medicações. Que são muito eficazes, por sinal.
As medicações mais frequentemente utilizadas pertencem à família das estatinas.
Há o ezetimibe, uma medicação que potencializa os efeitos das estatinas.
E há outros remédios menos receitados, com custo (bem) mais elevado, como evolocumabe, inclisiran e ácido bepandoico.
Uso continuado de medicação
O uso dos remédios redutores de colesterol é para toda a vida?
Geralmente, sim. Os efeitos destes remédios ocorrem apenas enquanto estão sendo usados. Se o seu uso for descontinuado, o nível de colesterol retorna a como estava antes do uso da medicação.
Nem todas as pessoas apreciam o uso continuado de medicações.
Frente a uma doença que pode trazer prejuízos graves, o médico indica a medicação que melhor preserva a saúde da pessoa.
Mas o efetivo uso, ou não, da medicação – a chamada adesão ao tratamento – é uma decisão individual.
Cada pessoa, soberana em suas escolhas individuais, opta por aderir ao tratamento, ou não, e assume os bônus e ônus referentes à sua escolha.